Voltando à vida



Você é um kartista apaixonado por este sensacional esporte, gostaria de investir pouco para s divertir nos treinos no final de semana? Ou então tem um chassi usadinho, que ficou muito tempo parado na garagem e quer trazer ele de volta a vida? Hoje vamos passar algumas dicas para restaurar um kart, com baixo custo e garantia de muita diversão!

DESMONTE TUDO!

A primeira ação é reservar um espaço e desmontar tudo! Confira se você tem todas as ferramentas, identifique os parafusos para facilitar a montagem e saber de onde eles foram retirados. É importante ter as peças antigas mesmo que planeje que elas segam substituídas, elas podem ser usadas como referência na hora de comprar novas.


Com o quadro desmontado e limpo, dê uma boa olhada em todas as soldas e nos tubos da estrutura, principalmente na região próxima ao banco e motor. Se houver alguma solda quebrada, ou trinca nos tubos, será necessário fazer uma solda para corrigir a quebra.

Chassis com soldas refeitas e principalmente com solda no meio de um tubo para correção de trincas podem não ter o mesmo desempenho de um chassi novo, o que não é legal para quem participa de competições profissionais, mas para diversão e treinos nos finais de semana, não faz muita diferença.

Após estes serviços, pode ser interessante mandar gabaritar o chassi. Uma maneira de avaliar se isso será necessário é com um nível de bolha (não é a ferramenta ideal, mas já é alguma coisa). Coloque uma das barrar transversais do chassi em nível plano. Em seguida, verifique se as demais partes transversais também ficaram no nível. Se ocorrerem grandes diferenças, então será necessário gabaritar o chassi.

INICIANDO A MONTAGEM

Hora do trabalho duro! Com o quadro pronto, lixe e pinte todo o chassi. Você pode usar tinta spray automotiva e o ideal é utilizar uma tinta do tipo PU, devido a sua resistência e facilidade para pintura.

Peças cromadas podem ser recuperadas apenas realizando uma limpeza com uma estopa e Thinner.

Inicie a montagem pelas peças que compõem as partes mais baixas do chassi, como barras traseiras, mancais de rolamento, mangas de eixo e em seguida vá para as peças mais altas, como os componentes de direção, tanque e gravata de carenagem.

Deixe o banco e o assoalho para a fase final, pois pelo seu tamanho atrapalham muito na montagem de partes mais delicadas.



Algumas peças não valem a pena serem reaproveitadas e recomendamos a substituição. Por mais incrível que pareça, muitas peças são facilmente encontradas em lojas online ou físicas, sendo que alguns chassis utilizam os mesmos componentes até hoje. Segue algumas dicas:

Rolamentos: trocar os rolamentos é um fundamental para ter um kart em excelente condição de funcionamento e confiável. Como os principais apoios do veículo possuem rolamentos para manter sua sustentação, se esse componente quebra na pista, pode causar um acidente sério.

Borrachas e plásticos: as peças fabricadas em borracha e plástico podem ressecar e perder suas propriedades elásticas, fundamentais funcionamento do kart. O tanque de combustível também é de plástico e pode quebrar com maior facilidade. Se o seu estiver assim, troque.

Freio: ter freios confiáveis são fundamentais para sua segurança. Desmonte e troque molas e peças de borracha.Troque também as pastilhas de freio, mas se o disco não estiver trincado ou muito gasto, pode utilizar o que já estava no kart. Ferrugem no disco vai sair com o uso.

Carburador: desmonte, limpe, troque o "reparo", limpe os componentes e monte novamente igual estava.

MOTOR

Chegamos à parte mais complicadas. O motor de um kart possui muitas peças delicadas, montagem complexa que exige bastante conhecimento de medidas e tolerâncias, além de componentes que podem sofrer bastante com o tempo, principalmente motores 2 tempos. Faça um orçamento com um mecânico especializado em motores de kart, troque as gaiolas, roletes e rolamentos. Se precisar de pistões e bielas, o custo na recuperação será maior, mas não será problema encontrar esses componentes.

O RESULTADO




Ter um kart no qual você dedicou horas de trabalho e dedicação trazem como resultado um veículos que você vai adorar guiar, que será apaixonado e orgulhoso, pois sabe o trabalho e dedicação aplicados no projeto para que ele desse certo!

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Conhecendo sua armadura

A escolha de um macacão para andar de kart nem sempre é fácil, principalmente para aqueles que estão iniciando no esporte. O mercado disponibiliza diversos modelos e versões, alguns homologados pela CIK-FIA, outros para uso apenas em Rental Kart. Mas qual a diferença entre eles? O macacão para kart pode ser utilizado no automobilismo?



Segurança acima de tudo
Conforto e estética são as primeiras característisca que buscamos em um macacão, mas precisamos ter sempre em mente que sua principal função é manter a segurança e integridade do piloto em casos de acidentes.
As normas de homologação na exigem que o macacão de kart seja anti-chamas, visto que como no kart você não está preso ao veículo, o risco de queimaduras em caso incêndio é baixo. É muito mais importante que o macacão seja resistente a abrasão, para que em casos onde o piloto caia do veículo e deslize pelo asfalto o piloto não se machuque gravemente. Neste ponto, o macacão de kart é mais parecido com aquele utilizado no motociclismo.

O que é macacão nível 2?
A CIK-FIA possui 2 níveis de homologação. O macacão de nível 2 é homologado para competições tem mais camadas ou materiais mais espessos em sua confecção do que os modelo nível 1, aumentando assim o nível de proteção para o piloto. Além das caracterísitas de resistência, o macacão nível 2 geralmente possuem mais características: partes elásticas, peças de malha respirável e cortes diferenciados, no entanto, geralmente são 2 a 3 vezes o custo de um terno de nível 1.
Macacões nível 1 são homologados apenas para competições nacionais, enquanto o nível 2 pode ser utilizado em todas as competições oficiais da CIK-FIA.

Para obter a homologação nível 2, o equipamento é avaliado quanto a suas propriedades anti-rasgo e anti-abrasão. Este teste é realizado tanto nas camadas externas quanto internas do tecido e pelo menos uma delas precisa permanecer intacta para passar no teste, já que é suficiente para assegurar que o corpo e a pele do piloto estejam protegidas. Em geral as camada externa é mais resistente à abrasão.



O teste envolve o posicionamento de uma amostra de teste de tecido em um suporte circular e o posicionamento do conjunto de fita de lixa de 120 grãos, que gira em um equipamento próprio de testes que simula a rugosidade da pista. O suporte é solto de certa altura na fita, simulando assim o impacto do corpo na pista. Para obter aprovação nível 2, o tecido deve resistir ao teste por mais de 2,5 segundos. no caso de resistência por menos tempo, o macacão é classificado como nível 1.

As costuras do macacão precisam resistir uma carga de tração de 30 DecaNewtons para serem homologados, independente do nível do macacão.

Invista em segurança
Se você está começando no kart ou já tem experiência, tenha sempre atenção com sua segurança. Tenha um bom equipamento, dê preferência para produtos homologados e dentro do prazo de validade, são estes que vão fazer a diferença na hora que você mais precisa.

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Fonte
'https://www.tkart.it/en/magazine/how-to/to-understand-if-the-suit-is-really-safe/#1
'http://www.cikfia.com/regulations/homologation.html
'http://www.cikfia.com/fileadmin/content/REGULATIONS/Homologations/Homologations%20Regulations/2018/Reglement_d_Homologation_2018.pdf
'http://www.racedaysafety.com/kart-race-suit-buying-guide.html
'http://marklange.typepad.com/blitzkrieg/2008/12/safety-first-why-we-wear-baggy-suits-bulky-ribvests-funny-looking-neckbraces.html

Na direção certa


Você já parou pra pensar como você segura o voltante? Parece algo bem intuitivo, mas se prestar atenção, você vai perceber que muitas vezes fazemos isso da maneira errada, aplicando mais força que o necessário.

As mãos possuem terminações nervosas que funcionam como sensores para nosso corpo na interação com a máquina. Através das mão podemos sentir a aderência dos pneus, vibrações e reações no veículo que nos permitem maior controle.

Apenas uma função

O volante do kart tem por função dar ao piloto o controle da direção do veículo. Esse controle é realizado com o giro deste componente, apenas com o giro! Não adianta nada puxar ou empurrar o volante, e acredite, muitas vezes fazemos isso sem perceber.

Aplicando forças desnecessárias no volante, acabamos cansando o braço, perdendo rendimento. Isso pode ser a diferença entre uma vitória e não chegar no pódio, principalmente em corridas de endurance.

Um bom banco, bem posicionado, é fundamental para tirar essa carga dos braços. Seu corpo deve estar bem apoiado no banco para que não seja necessário se segurar no volante, mantendo sempre a força nos braços necessária para controle do kart.

No vídeo abaixo podemos ver como é a tocada de Rubens Barrichello, guiando um kart das 500 Milhas de Kart KGV 2011, que naquele ano foi disputada no Kartódromo Beto Carreiro. Repare que as mãos ficam firmes no volante, mas aparentemente de maneira confortável. Os dedos indicadores fica ligeiramente voltado para cima, o que demonstra que o piloto não precisa fazer grande pressão no volante para ter aderência ao volante.


O mesmo podemos perceber na guiada do Stock Car. A precisão no volante é facilitada pela direção hidráulica, permitindo mais sensibilidade e controle pelo piloto.



Feedback

Como o volante está diretamente ligado ao controle de direção do veículo, é importante ter uma boa sensibilidade nas mão para sentir o feedback do volante. De acordo com o comportamento do kart, uma saída de frente ou de traseira, pode ser percebida no volante, que fica mais "leve" ou mais "pesado" de girar. As vibrações sentidas através do volante mostram se estamos próximos do limite de aderência do carro, ou se estamos no overdrive. Uma dica para melhorar essa sensibilidade é ter uma postura de mão confortável e que permita a circulação do sangue, o que mantem a boa sensibilidade dos nervos da mão.

Um bom grip é fundamental

Quando o volante não tem uma boa aderência, precisamos apertar mais forte o volante para conseguir girá-lo. Com isso, além do desgaste físico, perdemos também uma parte da sensibilidade no volante. Ter um bom volante e uma boa luva facilitam muito o controle do kart e permitem sentir cada movimento. Lavar as luvas com frequência ajudam a manter um bom grip, mas se sua luva estiver muito velha, então é hora trocá-la.

Essa precisão e sensibilidade proporcionada pelo volante são tão importantes que existem especialistas que fazem o molde dos volantes para os pilotos profissionais. Um dos mais conhecidos é Ed Dellis, também conhecido como The Steering Wheel Guy. Ele desenvolve volantes para os melhores pilotos mundo, tendo como um dos seu cases de sucesso o piloto brasileiro Emerson Fittipaldi. Veja um pouco de sua história neste vídeo.


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Fonte
'http://www.steeringwheelguy.com/
'https://startinggrid.org/2012/04/05/want-to-be-faster-start-by-loosening-your-grip/#more-6521

Afogar

Você já viu algum piloto fazendo o mesmo que o esse cara está fazendo nessa foto e se perguntou: "pra que ele está tampando a entrada de ar?"


Ao tampar a entrada de ar, o piloto restringe a quantidade de ar que entra para a mistura no carburador, tornando a mistura mais rica (proporcionalmente mais combustível do que a mistura ideal).

Mas porque fazer isso se o kart estiver bem carburado?

Recentemente vi uma discussão sobre esse tema em um fórum internacional de kart e descobrir que há opiniões diferentes sobre o tema, em diferente partes do mundo. O motivo mais conhecido, é que afogando o kart na freada você joga mais combustível quando pisar de volta no acelerador, melhorando a retomada. Muitos pilotos afirmam perceber essa diferença na pista, outros acham que é um efeito placebo, e em nenhum caso temos um teste efetivo ou comparativo de voltas que mostrem resultados numéricos.

Quais outras consequências de afogar o kart?

Pelo funcionamento do motor 2 tempos, quando o piloto afoga o kart, além de aumentar a quantidade de combustível, você aumenta a quantidade de óleo passando pelo sistema, melhorando a lubrificação do motor, reduzindo os riscos de quebra do motor. Nesse caso, o momento correto para afogar o kart é enquanto ainda estiver acelerando, no final de reta. No vídeo abaixo, podemos ouvir a diferença que que faz no kart afogar no final da reta. A partido do 3º minuto do vídeo, após a largada, o piloto Clay Pigeon fica constantemente afogando o kart nos finais de reta, conservando o motor e deixando o barulho mais "macio". Essa estratégia era mais importante quando os motores eram refrigerados a ar, menos duráveis e difíceis de controlar a temperatura. Por se tratar de um kart pré 2000, não haviam limitadores de rotação nos kart padrão FIA, então esses motores de alta performance chegavam a 19.000rpm (isso mesmo, igual um F1), o que podemos ver também nesse vídeo, no Alfano do piloto.



Porém, como o motor não está no regime de mistura ideal, ele não sobe muito mais o giro quando afogado, perdendo potência, sendo o ideal manter sempre uma mistura equilibrada. Por isso, após perder algumas posições, o piloto para de afogar o kart no final de reta para melhor desempenho, porém o motor é forçado ao extremo.

Os motores modernos refrigerado a água possuem uma refrigeração muito melhor, o que torna menos necessário essa "afogada" visando conservar o motor, porém pode fazer diferença nas retomadas. Mas uma coisa é certa, era "estiloso" ver os pilotos afogando o kart, ainda mais com uma pilotagem agressiva como a dessa cara o vídeo abaixo:


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Fonte:
'https://forums.kartpulse.com/t/old-school-techniques-choking-and-line-pinching/1241/9
'http://www.imgrum.org/user/bravarbirelsudam/1940492680/1210421908519642677_1940492680

Não arrisque seu pescoço


Desde o acidente fatal de Ayrton Senna em 1º de maio de 1994 todo do automobilismo passou por grandes mudanças de segurança. A preocupação com os movimentos excessivos da cabeça foi um dos pontos mais importantes tratados desde então. O acidente fatal de Dale Earnhardt, lenda da Nascar, foi outro caso de grande repercussão e impacto na segurança do automobilismo. Um dos acessórios mais importantes passou a ser o Hans, que limita o movimento da cabeça, preservando a musculatura e ossos do pescoço.

A F1 em 1996 passou a adotar uma proteção de cabeça para principalmente limitar o movimento lateral da cabeça do piloto em caso de acidente. Em 1995 o capacete ficava bem mais amostra.

O kart, por suas características de veículo totalmente aberto, impossibilita que esses recursos utilizados nos carros também sejam aplicados. Nesse ponto, o kart é muito mais parecido com uma moto, então as soluções de segurança também podem vir deste esporte.

Hans: maior evolução em segurança dos últimos anos.

O Neck Brace surgiu nas pista de motocross, como uma solução eficaz para limitar os movimentos da cabeça em casos graves, mas permitindo alguma liberdade e movimentação quando do uso normal.
Esse equipamento é fabricado em plástico de alta densidade, fibra de vidro ou fibra de carbono. Esse equipamento limita a movimentação do capacete em todas as direções, protegendo o piloto nos impactos fortes contra outros kart, e barreiras de pneus, mas principalmente em casos de capotagens, quando o peso do corpo e do kart podem causar lesões muito sérias.

Neck Brace oferece alguma liberdade de movimentos, rigidez e limite de movimentos para os casos acidentes mais severos.


Protetores de pescoço em espuma
Acredito que você deve estar se perguntando: "mas antes desses acidentes, já existia os protetores de pescoço em espuma".

Apesar de ser uma alternativa simples e que limita o movimento da cabeça, não existem estudos para determinar sua verdadeira funcionalidade, principalmente nos casos mais graves. O material, por mais duro que pareça, não tem uma rigidez suficiente para segurar o deslocamento da cabeça e pescoço em impactos mais fortes. Além disso, parte da eficiência do Neck Brace ocorre pela absorção da energia do impacto sobre a cabeça e distribuindo essas forças pela estrutura do tórax.

Seu capacete pode ajudar se pescoço
O desenho de seu capacete pode ajudar muito na proteção de ser pescoço. Ter um capacete bom e adequado para o kartismo é muito importante. Alguns modelos possuem uma aba na parte da frente, que tem a função justamente de limitar um pouco mais o movimento da cabeça para a frente.

Não é só estilo ou aerodinâmica, é segurança.


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Simulador x Real

Você gosta de pilotar nos simuladores, tem um volante e cockpit legais, mas fica em dúvida se é realmente igual pilotar na pista? Hoje preparamos um material muito legal para vocês.



O mercado de simuladores vem crescendo significativamente nos últimos anos. Novos simuladores, cada vez mais realistas, estão disponíveis no mercado a preços acessíveis, volante mais modernos, com muita tecnologia para simular ao máximo as reações e sensações sentidas na pista. Temos inclusive um Campeonato de Kart Virtual, organizado pela Grid Kart Brasil. Conheça mais deste campeonato clicando aqui.

Um dos destaques do mercado de simuladores é o Automobilista, desenvolvido pela Reiza Studios, que conta com as principais pistas brasileiras e algumas das mais lendária do mundo.

Umas das categorias presentes nesse simulador é o kart, tendo a opção de correr desde com kart rental até com um Shifter. Originalmente estão disponíveis 6 kartódromos brasileiros, mas você pode comprar pacotes de expansão para ter mais opções de pistas.

Com todas essas opções, preparamos um comparativo com a opção mais acessível e que você leitor do Papo de Box também pode experimentar. Andamos com o kart rental do simulador no Kartódromo de Interlagos e o mesmo kart e traçado na pista real. O resultado você confere aqui:


Como observado no vídeo, o simulador é sim uma excelente experiência para aprender a pista e aprimorar sua pilotagem, uma vez que as referências na pista são muito parecidos, mas temos que levar em conta algumas considerações.

O tempo de volta no simulador é, em média, menor do que os tempos obtidos na pista. Observamos que a velocidade máxima atingida no simulador é maior que a velocidade real, ocorre menor variação no comportamento do kart, ou seja, você está o tempo todo pilotando nas melhores condições do equipamento. O que está por trás é um algorítimo que, por melhor que seja desenvolvido, possui limitações.

Na pista real, condições externas interfem mais no comportamento do kart. A torção do chassi pode mudar muito da aderência nas curvas, a temperatura e até mesmo a qualidade do combustível vão influenciar na potência no motor.

Outro ponto de observação são algumas diferenças na ondulação da pista, o que também interfere na aderência do kart em curvas, acelerações e frenagens, o que não observamos no simulador.
Mas tudo isso não tira o mérito do excelente trabalho realizado com este simulador que pode sim melhorar sua pilotagem e proporcionar melhores resultados na pista.

Um pouco da minha experiência:
No início de 2016 comocei a participar do campeonato Asseka de kart amador. A primeira etapa da competição naquele ano foi realizada no Kartódromo de Interlagos, pista que eu nunca havia andado até então. Como residia em outro estado, distante de São Paulo, minha primeira corrida já seria válida pelo campeonato. Treinei durante a semana que antecedeu à corrida no simulador e, quando cheguei na pista, já conhecia as principais referências de freada, tangência de curva e aceleração. O resultado: um 3º lugar na primeira corrida naquela pista.

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O banco é mais do que só um acento



Em artigos anteriores aqui do Papo de Box já falamos sobre a importância do posicionamento do banco do kart. Hoje nosso foco será comentar a importância do banco e suas estruturas de suporte para o kart profissional, quando normalmente não se muda a posição do banco, mas sua rigidez e quantidade de apoios mudam o comportamento dinâmico do veículo.

Rigidez do Banco e Suportes

A estrutura do banco e seus suportes de fixação formam uma estrutura que varia sensivelmente a rigidez do chassi. A mudança no material, podendo variar entre fibra de vidro, Kevlar, fibra de carbono ou combinações destes materiais, com variação também por diferentes espessuras das camadas, geram variações na flexibilidade de torção do chassi na parte traseira, já que o próprio assento mudará sua rigidez.



Por exemplo, um assento de fibra de carbono, com a mesma espessura, é três vezes mais rígido em comparação com um de fibra de vidro. Um assento de Kevlar, por outro lado, é muito mais elástico que estes dois materiais. Os custos também devem ser considerados, já que os bancos de fibra de carbono custam pelo menos um dobro de uma fibra de vidro. No Brasil não é muito comum a utilização de bancos de outros materiais que não a fibra de vidro, sendo restrito no regulamento de alguns campeonatos o uso de outros materiais. Mesmo assim, podemos ainda trabalhar essa rigidez do chassi com os suportes.

O banco do kart é fixado ao chassi por 4 parafusos fixados a 4 estruturas soldadas. Com o uso de suportes extras, é possível aumentar a rigidez do chassi em um ou em ambos os lados. Essas estruturas são fixadas nos parafusos dos mancais rolamentos do eixo traseiro, podendo ainda serem rígidas (comprimento fixo), ou reguláveis (comprimento ajustável), possibilitando neste último caso uma pré-carga no chassis, o que gera ainda mais rigidez na estrutura. A pré-carga será obtida mudando o comprimento de suportes de apenas alguns milímetros a mais que a distância entre os orifícios no banco, onde o suporte é fixado e os parafuso dos mancais de rolamento.

À esquerda, indicado pela seta vermelha, suporte de banco sem regulagem para pré tencionamento, conforme modelo mostrado no lado direito da imagem, onde a pré-carga pode ser feita através da sessão rosqueada.


Quais os Efeitos de Cada Mudança?

Quanto mais rígido o chassis, mais rápido será a transferência de carga diagonal entre as rodas. De fato, o peso do piloto, cujo efeito também é amentado pela força lateral centrífuga ao longo de uma curva, é transferido para os pneus traseiros através do banco e seus apoios. Se nenhum suporte estiver presente, o chassi dobrará e, em seguida, somente parte do peso será transferida para os pneus traseiros. Normalmente, é melhor para o desempenho e uma reação mais rápida do kart, uma rápida transferência de peso, o que significa um ter um assento e suportes mais rígidos, porém essa combinação não absorve qualquer irregularidade da superfície da pista.
A rigidez do assento e dos apoios permite que a parte traseira do chassi não flexione demais, então teremos uma boa elevação do pneu traseiro interno durante uma curva. Se o chassi se dobrar demais, ambos os pneus traseiros continuarão a tocar o solo, forçando uma saída de frente.

No lado direito do chassi, sob o assento, sempre temos dois tubos, que não são apenas conectados entre eles pelas peças soldadas, mas também pelo motor. Isso determina o fato de que o lado direito do chassi é mais rígido do que o esquerdo. Atuando no suporte do banco, equilibramos a rigidez no lado esquerdo. Se usarmos um banco muito antigo, fadigado, ou com orifícios muito grandes para os parafusos, teremos um chassi de baixo desempenho. Não há nada pior do que um chassi com o assento solto. Também é inviável tentar mudanças de setup, trabalhando todos os tipos de regulagens, se a área onde a maior parte do peso é concentrada se deforma facilmente em qualquer direção. Por esta razão é extremamente importante manter o assento bem fixado no chassi, com furos bem dimensionados, possivelmente apoiados por arruelas, sendo uma opção colar estas no assento com resina.

Somente quando a aderência é extremamente baixo (na chuva ou em pistas de terra) recomenda-se usar anéis de borracha que absorvem todas as forças sem perder a conexão entre o assento e seus suportes, caso contrário, utilização buchas de Nylon ou até mesmo os suportes presos diretamente no banco.

Com todas essas opções, a melhor solução, embora mais complexa, é ter o assento correto e ajustado para cada condição de pista.

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Fonte
'http://www.kartingmagazine.com/features/technical/tech-talk-choosing-the-right-karting-seat/#
'https://www.tillett.co.uk

Dicas pré-corrida


Todo piloto de kart está sujeito a ter seu desempenho prejudicado pelas condições do equipamento, especialmente no kart amador, onde a manutenção pode ter variações e, sendo os kart sorteados, nem sempre dá para escolher o melhor equipamento.

Hoje trazemos a vocês algumas dicas de verificações que são importantes de se realizar no kart antes de entrar na pista e que podem justificar a troca de kart sem sair do box. Siga a ordem descrita aqui, para não precisar ficar entrando e saindo do kart.

PNEUS
A primeira verificação, que pode ser feita ainda no lado de fora é a calibragem dos pneus. Sem o medidor, não é possível saber corretamente a pressão. Mas verifique se nenhum dos pneus está muito vazio, ou se há diferença de pressão entre os pneus do lado direito e do lado esquerdo.

Diferenças entre os pneus dianteiros e traseiros podem ocorrer, mas entre os pneus do lado direito e esquerdo no mesmo eixo, não.

Sugestão: pise nos pneus para verificar a pressão, pois utilizando a mão podemos não perceber diferenças.


FREIO
Assim como acelerar bem, um kart que freia bem é fundamental para um bom desempenho.

Verifique na parte traseira do kart se as pastilhas de freio não estão muito gastas, se não estão muito afastadas do disco. É importante que estejam bem próximas, mas deve haver algum espaço, pois se estiverem encostando no disco, o kart vai andar com maior resistência, prejudicando o desempenho.



ACELERADOR
A maior preocupação de qualquer piloto é saber se o kart que vai utilizar está acelerando ao máximo. As regulagens possíveis do equipamento podem limitar a aceleração, então é importante realizar o seguinte procedimento:

1) sentado no kart com o motor desligado, pressione o acelerador até o fundo;
2) olhando para o motor, você vai ver a alavanca destacada na foto abaixo se movimentar para a frente. Essa alavanca que aciona a borboleta do carburador;



3) ainda acelerando ao máximo, utilize a mão e tente levar essa alavanca ainda mais para a frente. se a mesma não se movimentar mais, tudo certo, não se preocupe. Mas se ela ainda se movimentar um pouco, então o kart não está acelerando ao máximo e é melhor trocar.

Observação: alguns kartódromos eliminam essa alavanca e levam o cabo do acelerador direto até o carburador. Dessa forma, fica mais difícil realizar essa verificação, pois precisaria olhar diretamente a abertura da borboleta do carburador.

BANCO
Após posicionar seu banco, verifique se o banco ficou bem preso, fixado na posição desejada. Se não, você terá problemas na pista com um banco que não fica na posição certa quando você freia e acelera o kart.

Lugar de correr é na pista então, seja de kart, moto ou carro, #vemprapista.

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Atualizações na Fórmula 1600

No último final de semana (dias 19 e 20 de agosto) aconteceu em Interlagos a 7ª etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo, que reúne mensamente as diversas categorias que integram o evento para que realizem as etapas de sua competição. Uma dessas categorias é a Fórmula 1600, na qual competem carros de fórmula com motores Ford Zetec Rocan de 1,6L.

A Fórmula 1600 surgiu quando ocorreu uma divisão entre pilotos e organizados da Fórmula Vee, enquanto essa ainda utilizava motores de Fusca, refrigerados a ar. Por isso, o chassis utilizado pela categoria é o mesmo da Fórmula Vee, denominado Naja 01.

Fórmula 1600 utiliza o mesmo chassis da Fórmula Vee, denominado Naja 01.
Quando da adoção do motor Ford, os organizadores da categoria optaram pela instalação de duas lateriais no carro para a instalação do radiador de água e de óleo do carro.

O público que encarou a chuva e esteve presente no autódromo foi surpreendido por uma novidade da categoria, que apresentou algumas melhorias para o chassis e que serão testadas para adoção em breve na categoria. O que mais se destaca nesse pacote de evolução técnica são as modificações na suspensão.

Com o desenvolvimento técnico realizado pelo engenheiro Fábio Birolini, o protótipo apresentado utiliza suspensão de duplo "A" na dianteira e traseira do carro, aprimorando em muito o "chão" do carro. Conversando com Fábio no local, ele destacou que o centro de rolagem do carro foi muito estudada para essa nova versão do carro.

Voltando à proposta original desse projeto, o chassis Naja 01 foi projetado para o ressurgimentos da Fórmual Vee no Brasil. Seguindo esse conceito, a suspensão dianteira usada nos fórmulas são do Fusca, com molas por barra de torção, desenvolvidas para um veículo bem mais pesado e com compromisso de trazer conforto aos ocupantes do carro. Essa suspensão faz com que a regulagem de cambagem seja bem limitada e a frente do carro afunde muito nas freadas, o chamado "dive" da frente do carro. Essa mudança na suspensão pode trazer para o carro uma maior capacidade de frenagem e contorno de curva, baixando o tempo de volta.

Na suspensão traseira, as mudanças pode ser ainda mais significativas. Utilizando a caixa de marchas original do Fusca, os Fórmulas 1600 atuais possuem um suspensão com articulação simples, também chamado de Swing Arms, conforme pode ser visto na imagem abaixo.

Esse tipo de suspensão ocasiona uma variação grande de cambagem e convergência quando do movimento das rodas, tornando mais difícil controlar o comportamento do veículo. Esse comportamento da suspensão só é corrigido com um novo sistema. Como para um carro de corridas o melhor é a utilização de suspensão independente, adotou-se um semi-eixo com junta homocinética no cubo da roda, possibilitando o Duplo A também na traseira. A diferença entre elas é mostrada na figura abaixo:

Suspensão com uma articulação na imagem à esquerda (Swing Arms) e com duas articulações no lado direito, possibilitando novas configurações de suspensão, sem variação excessiva na cambagem e covnergência das rodas.

Essa nova configuração de suspensão tem tudo para trazer um comportamento mais aderente do carro, com melhor contorno de curvas com os pneus com melhor contato com o chão.

Confira abaixo como ficou o carro protótipo da Fórmula 1600:






Nós do Papo de Box torcemos para que esse projeto siga em frente e muitos outros surjam para criar novas categorias e melhorar as categorias atuais.

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Como construir um carro de corrida

Simon é um Australiano apaixonado por automobilismos que durante a faculdade começou a se envolver com o automobilismo. Inicialmente correndo de kart, participou de várias competições em seu país. Após algumas temporadas, passou a correr de Fórmula Vee Australiana, com um carro de uma das equipes que já participavam da categoria.

Após dois anos, achou melhor ter seu próprio carro. Analisou as opções que tinha e escolheu pela mais difícil, construir seu próprio carro! Ele resgistrou todos os passos de seu projeto, criando um canal no YouTube que é um verdadeiro Reality Show de como construir um carro de corridas.
Aqui abaixo está o primeiro vídeo. Os demais podem ser vistos na sequência. Prepara a pipoca, porque tenho certeza que você vai querer ver todos de uma só vez:


No canal do Simon, chamado Thomsen Motorsport, você pode ver também todos os vídeos do projeto e um resumo das corridas que participa, mostrando todos os problemas e dificuldades enfrentados no desenvolvimento de seu carro.

O projeto do Simon foi muito bem organizado. Ele desenhou todo o carro em SolidWorks, programa CAD de desenho mecânico. Isso possibilitou analisar a estrutura tubular, estudar a aerodinâmica do carro em CFD, além de facilitar o planejamento das etapas de fabricação do veículo.

Um dos diferenciais em seu carro é ser mais baixo e proteger melhor o piloto, quando comparado com os demais chassis que participam da categoria. O motor e caixa de marcas são fechados pela carenagem, melhorando a aerodinâmica do carro.

Em certo momento vemos a dificuldade que ele enfrenta em trabalhar com a fibra de vidro, utilizada na fabricação dos moldes e da carenagem, muito disso pela falta de experiência em trabalhar com esse material. Mas no final, o resultado foi sensacional, um carro de corrida com características próprias e principalmente, muita personalidade.

Track Day - Experiência


Track Day é diversão garantida, independente da potência do carro.

Você já teve a vontade de participar de um Track Day? Andar com um carro em um autódromo, podendo acelerar até o limite? Pois hoje vou trazer para você um pouco dessa experiência.

O EVENTO
O Track Day é um evento realizado por organizadores independentes, que alugam o autódromo para a realização do evento para motoristas habilitados possam colocar seus carros particulares, sejam eles emplacados ou não, para andar livremente no autódromo, registrando tempos de voltas e contando com toda uma infra-estrutura de pista para que tudo ocorra com o máximo de segurança. Assim, o evento, desde que bem organizado, conta com auxiliares de pista para sinalização de acidentes, estrutura médica e de primeiros socorros de prontidão na pista, guinchos para remoção de veículos da pista, caso necessário, estrutura para manutenção dos veículos e orientadores para dar instruções de pista.

A diversidade de carros participando de Track Days é bem grande, desde carros muito preparados até carros sem preparação e carros de corrida.

CATEGORIAS E PREMIAÇÃO
Os eventos são divididos categorias de acordo com o tipo de tração do veículo, tração traseira, dianteira ou integral. A premiação é feita para os 3 ou 5 pilotos mais rápidos em cada categoria. Essa premiação não leva em conta a potência dos veículos. Assim, é um evento no estilo "força livre" e carros esportivos de grande  potência tendem a ter os melhores tempos. Por isso, se você ainda está começando, pense acima de tudo em se divertir e ganhar experiência de pista.

Marcas como Suzuki e Renault realizam alguns Track Days exclusivos para clientes de versões esportivas de seus carros.

O RALLY DE REGULARIDADE
Uma forma diferente de Track Day é o rally de regularidade. Neste evento, o que se leva em conta não é fazer o menor tempo na pista, mas o maior número de voltas no tempo determinado. Se você quer competir com um carro simples e ter reais chances de premiação, então esse é o evento que deve participar.

CUIDADOS COM O CARRO
É fundamental ter em mente que o desgaste do carro na pista é mais elevado do que na rua ou na estrada. Por isso é fundamental que a manutenção do carro esteja em dia, com atenção especial para os seguintes itens:

Freios: verifique se os freios de seu carro não está muito gasto. Se estiver, troque os componentes de freio antes de ir para a pista. Em alguns casos, pode ser necessário apenas uma regulagem de freio. Lembrando que é fundamental revisar os freios depois do evento também, para manter seu veículo seguro para circulação.

Pneus: um dos componentes que mais vai sofre em um Track Day são os pnes. Verifique o alinhamento e balanceamento. Um carro desalinhado ou desbalanceado vai ter desgaste irregular dos pneus, ainda mais acentuado quando o carro é levado ao limite.

Motor: o motor de seu carro será exigido ao máximo, por isso é fundamental verificar se tudo está ok. Dê atenção especial ao sistema de arrefecimento, como o nível da água do motor. Verifique se não há nenhum vazamento, mangueiras rececadas ou coisas do tipo. Um vazamento pode causar sérios danos no motor. Verifique também o nível de óleo e as condições do óleo. Se este estiver muito escuro ou próximo da quilometragem de troca, substitua antes do evento o óleo do carro.

Na Europa, a cultura do Track Day se tornou tão forte que existem carros fabricado com foco em atender esse público, como por exemplo o Ariel Atom, considerado uma dos melhores carros com esse objetivo.


ALUGUEL DE CARROS
Se você quiser poupar seu carro de uso no dia a dia, uma excelente opção é alugar um carro de corridas para o evento. Através da própria organização você consegue contatos para locação de um carro de pista para participar do evento. Recomendo que nas primeiras experiências, procure um carro do Campeonato de Marcas e Pilotos para alugar, pois são carros mais próximos dos modelos de rua, porém já com alguma preparação para andar rápido na pista.

PREPARATIVO MENTAL
Um conselho que dou a meus amigos que também andam em Track Day é: antes de entrar na pista, limpe a cabeça, concentre-se na pista e não entre em disputas por curvas, freadas lado a lado para ultrapassagem, nem nada do tipo. Pense primeiro na sua segurança, pois um acidente no autódromo pode ter maiores proporções do que você imagina.

Se interessou em participar do Track Day ou de um Rally de Regularidade. Confira abaixo o link de alguns dos principais organizadores destes eventos:

'https://www.crazyforauto.com/
'http://trackday.oktaneclub.com/
'http://www.torneiointerlagos.com.br/
'https://www.heberttrackdays.com/
'https://www.facebook.com/pg/timeattackbrasil

Lugar de correr é na pista então, seja de kart, moto ou carro, #vemprapista.

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Fontes:
'http://www.revistatrackday.com.br/
'http://www.revistafullpower.com.br

O Kart Amador forma bons pilotos?

O kart e o automobilismo possuem muitas categorias com diferentes características, principalmente na velocidade final e na velocidade em curvas. O kart amador é uma das categorias de entrada para esse fantástico mundo da velocidade, mas será essa uma boa escola?

Concentração é fundamental no kart. Um erro pode custar algumas posições.
Mesmo que o kart de aluguel não seja o mais rápido, a proximidade dos kart, o equilibrio de equipamentos e a competitividade são alguns elementos muito presentes nas principais competições de automobilismo e kart profissional, independente da velocidade e da pista. Os pilotos do kart rental precisam aprender a lidar com a pressão dos adversários, disputas acirradas por cada curva, aproveitar o momento do kart para não perder velocidade, além de trabalhar o psicológico do piloto.

No kart, é fundamental saber defender bem a posição, manter a calma para não prejudicar o adversário e, em consequência não ser punido. Lidar com a ansiedade para não passar do limite do veículo, evitando o overdrive, andar constantemente no limite, volta atrás de volta, pelo tempo que durar a bateria ou a "perna", no caso das corridas de Endurance.

Troquei alguns e-mails com o piloto Leonardo Ramos, que atualmente disputa o Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos, que começou no kart rental em 2010, participando do Kart For Friends, Pangaré Kart, Stock Kart e no THR Kart, sempre com bons resultados, sendo campeão ou vice em quase todos esses. A evolução para o Kart Profissional e para os carros ocorreu de forma natural. Com o apoio do pessoal do KFF, Leonardo correu na Pró500, categoria com corridas de longa duração da Copa KGV, e nas 500 milhas de kart profissional, ambos em 2015. Nessa mesma época, decidiu começar nos carros também, disputando o Marcas e Pilotos do ECPA, em Piracicaba.


Segundo Leonardo, o kart o ajudou em muito com sua capacidade de concentração na pista, posicionamento, noções de disputas e reações em situações difíceis. Assim, quando foi realizar um curso de pilotagem para aprender melhor sobre a tocada dos carros, seu foco era dedicado a mais detalhes, pois os fundamentos ele já tinha desenvolvido.

Os fundamentos do esporte são um conjunto de normas, regras e técnicas que atuam como base reguladora de toda a modalidade, seja no âmbito técnico, tático ou físico. Isso vale para qualqeur esporte. No futebol, por exemplo, um fundamento é saber chutar a bola, colocando ela onde você quer, no volei um dos fundamentos é saber sacar.

Mas também há grandes diferenças, entre as quais destacam-se o peso do carro, espaço de frenagem, e a infinidade de itens que você pode mudar no setup, além da velocidade maior e, no caso dos carros de Marcas e Pilotos, a tração dianteira, uma característica que muda bastante a dinâmica do carro, o momento certo de acelerar para acertar o contorno de curva.

Inicio no kart trouxe oportunidade e confiança para correr nos carros.
E se você está pensando em crescer nesse esporte e seguir para os carros, o Leonardo deixou o seguinte recado: "eu diria que o melhor caminho para quem quer pisar fora do rental, é andar de Pro500 ou F4 na Copa São Paulo, ou arriscar alugar um carro de corrida e brincar no ECPA ou no Paulista de Automobilismo. Tem algumas equipes que alugam carros de corrida para Track Days, pode ser uma opção interessante também. Valorizem cada segundo no kart, ele é a base!"

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Fonte
'https://somosdokart.wordpress.com
'http://www.ebc.com.br/educacao/galeria/videos/2012/10/drops-educacao-fisica-fundamentos-esportivos
'https://www.significados.com.br/fundamento/

Vlog do Box nº 1

Boa tarde pessoal. Estou começando hoje um projeto novo. Um vlog semanal para falar de kart, eventos e novidades. Confere aqui:


Saída da Porsche do WEC e oportunidades

A Porsche deverá sair do WEC na categoria LMP1, segundo divulgado ontem pelo site alemão Motorsport Total. A saída deve ser formalizada em setembro, na semana da próxima corrida do WEC.
Já em 2017 a categoria conta apenas com dois fabricantes, a Toyota e a Porsche, uma vez que a Audi deixou a categoria ao final de 2016.

Os carros da LMP1 são lindos, rápidos e cheios de tecnologia, mas o investimento tem sido inviável para as marcas.
O regulamento LMP1 foi criado pensando em grandes montadoras, principalmente pela questão de os veículos serem hibridos. As equipes menores, mesmo com grandes investimentos, ainda não possuem o know-how para essa tecnologia, o que forçou aos particulares a migrarem para a LMP2, ou comprar carros usados dos fabricantes e ficar dependente de seu apoio para desenvolvimento. Ao meu ver, esse é o principal ponto que enfraquece a categoria. Há interesse de equipes e patrocinadores em correr e vencer em Le Mans, em vencer corridas no WEC, mas com o regulamento existente, apenas as montadoras tinha chances reais.

O MELHOR PARA O ESPORTE
O melhor para o esporte como um todo pode não ser o caminho mais interessante para os negócios das montadoras ou do próprio WEC. Ter as montadoras fornecendo motores para equipes privadas, em condições de igualdade entre elas, fortalecendo a categoria LMP2, tornando essa a única categorias de protótipos, traria a emoção ao esporte e o foco na competição.

Um exemplo dessa formato é a Nascar. Há 3 montadoras grandes na categoria, que fornecem motores para equipes que desejarem utilizar seus equipamentos, com a condição de que a bolha seja a propaganda da marca. Em resumo, os fabricantes não tem uma equipe, mas apoiam a todos aqueles que utilizam seus equipamentos. Em troca, qualquer carro daquela marca que vença, é vitória também para o fabricantes. As corridas são muito disputadas e valorizadas, o esporte é valorizado, o talento dos pilotos é valorizado quando mais equipes podem entregar bons equipamentos a seus pilotos.

Três marcas disputam cadas metro nos ovais da Nascar. Para Chevrolet, Toyota e Ford, não importa qual piloto ou equipe chega na frente, o importante é que seus carros apareçam no Victory Lane.
E EM OUTRAS CATEGORIAS?
Tomo como exemplo de compatitividade o período do final dos anos 60 e início dos anos 70 na Fórmula 1. Em 1966 a Ford queria bater a Ferrari nas principais competições que os italianos dominavam. Desenvolveu para Le Mans od Ford GT 40 e para a Fórmula 1 o motor Ford Cosworth. Esse motor foi inicialmente feito em parceria com a Lotus, que dominou a categoria naquele ano. Mas o interesse de outras equipes levou a Ford a fabricar e vender quase que em série os motores. Como não havia uma equipe oficial Ford, todos recebiam motores bons, possibilitando a competitividade entre equipes. De 1968 a 1974, todos os campeões utilizavam motores Ford, 4 equipes diferentes foram campeãs, 4 pilotos diferentes. Grandes equipes surgiram e foram campeãs pela oportunidade de utilizar o motor Ford, entre elas McLaren, Brabhan e Tyrrell. A ford conseguiu ser campeã mundial até 1982, quando então temos a chegada da era Turbo, e os fabricantes se tornam mais "egoistas", afinal a Renault queria vencer com a equipe Renault, a BMW tinha como equipe a Brabhan, o que matou a competitividade na categoria. Um exemplo disso é o domínio das McLarens Honda no final dos anos 80.

Dos anos 60 aos anos 80, vitórias da Ford com equipes e pilotos diferentes. A categoria ganhou com a competitividade, grandes talentos foram revelados. Tudo isso porque o "ego" da montadora ficou em segundo plano. O importante era que os motores Ford vencessem.
Então, fica a idéia para a Toyota: vencça em La Mans, como estão buscando a anos, mas com qualquer equipe. Promova o esporte e seu nome estará sempre no topo do pódio, por um longo período.

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6ª etapa Campeonato Asseka 2017

Veja como foi a 6ª etapa do Asseka 2017. Larguei dos boxes por ter trocado de kart, condição estabelecida em regulamento. Andando no kart 7, consegui uma média de tempos muito melhor que com o anterior, número 27. No final o 11º luger foi satisfatório.
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O Campeonato Brasileiro de Kart



Disputado desde 1965, o Campeonato Brasileiro de Kart é a principal competição nacional da modalidade, reunindo em 4 dias pilotos de todo o Brasil no kartódromo sede para as disputas classificatórias e para as finais de cada categoria.

Campeonato Brasileiro de Kart de 1971. No kart 34, Nelson Piquet. O tricampeão não teve bons resultados no embate com os grandes nomes do kart, como Zeca Giaffoni e Carol Figueiredo.


Devido à grande quantidade de categorias, o campeonato é dividido em 2 fases. Até 2013, as fases ocorriam em sedes diferentes, mas desde 2014 ocorrem no mesmo kartódromo. A edição de 2017 está sendo disputada no Kartódromo Beto Carreiro, em Penha, SC.



A competição é do tipo "open" não havendo classisificatória para inscrição, basta ser um piloto federado na CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), com habilitação para a categoria em que deseja competir, conforme as seguintes classificações:

Piloto Mirim de Kart - PMK - nascidos entre 2009 e 2010
Piloto Cadete de Kart - PCK - nascidos entre 2006 e 2008
Piloto Junior Menor de Kart - PJMK - nascidos entre 2004 e 2006
Piloto Junior de Kart - PJK - nascidos entre 2002 e 2004
Piloto de Kart - PK - nascidos de 1987 a 2003
Piloto Graduado de Kart - PGK - nascidos de 1987 a 2002, sendo exigido bons resultados em categorias anteriores ou curso de pilotagem em escola reconhecida pela CBA.
Piloto Sênior de Kart “B” - PSK-B - nascidos antes de 1987
Piloto Sênior de Kart “A” - PSK-A - nascidos antes de 1987 com experiência como PGK, ou com resultados expressivos como PSK-B.

OS RECORDISTAS DE TÍTULOS
Os pilotos com mais títulos brasileiros são Renato Russo e André Nicastro, ambos com 8 títulos cada um. Mas esse empate pode mudar ainda em 2017. Nicastro foi campeão na categoria Sudam em 2017, disputado no último final de semana, enquanto Russo ainda vai disputar o campeonato de 2017 na 2ª fase, no próximo final de semana. Logo em seguida dessas lendas, vem outro grande piloto Brasileiro, Paulo Carcasci, com 7 títulos. Uma curiosidade é que grandes nomes do automobilismo brasileiro, como Ayrton Senna e Rubens Barrichello, não chegaram nem perto destes recordes, muito disso porque seguiram suas carreiras para a os fórmula e para a Europa.

André Nicastro e Renato Russo, lendas do kart brasileiro e recordistas de títulos.

EQUILIBRIO DE EQUIPAMENTOS
Visando um maior equilíbrio em categorias muito disputadas, os motores são preparados e equalizados pela RBC Preparações e sorteados entre os pilotos nas categorias Mirim, Cadete, F4 e Sudam. Nas demais categorias, o equipamento utilizado é do próprio piloto/equipe, sendo obrigatório apenas que sejam equipamentos homologados.
Entre os fabricantes de chassis, a competitividade é garantida. 10 marcas participam do campeonato, sendo que 6 ganharam títulos até o momento.

PREMIAÇÃO DIFERENCIADA
Em 2017 a CBA vai mais uma vez oferecer uma premiação especial para os jovens pilotos que buscam fazer carreira no automobilismo. O campeão da categoria Sudam recceberá como premio uma temporada paga pela CBA na Fórmula 3 Academy, divisão para iniciantes da Fórmula 3 Brasil. Uma condição de regulamento é que o piloto premiado nunca tenha feito nenhuma corrida na F3 e com menos de 20 anos, esse ano o premiado foi o piloto Lucas Okada.



Não deixe de acompanhar a 2ª fase do Campeonato Brasileiro de Kart de 2017, as disputas são emocionantes e grandes feras ainda vão para a pista nesse final de semana.

Acompanhe o Box Aberto no Facebook e saiba onde assistir e os horários das finais do Campeonato Brasileiro de Kart 2017.

Fontes:
'http://blogdojovino.blogspot.com.br/2014/03/campeonato-brasileiro-de-kart-em-taruma.html
'http://www.cba.org.br
'http://www.kartmotor.com.br
'http://velocidadetotal.com.br
'http://blogdojovino.blogspot.com.br/2014/03/campeonato-brasileiro-de-kart-em-taruma.html
'http://f1mania.lance.com.br/kart/brasileiro-de-kart-apos-24-corridas-definidos-os-grids-das-finais/

Categoria Escola parte 3 - Fórmula Chevrolet



No início dos anos 90 a Chevrolet investiu muito em marketing esportivo no Brasil, principalmente com grandes incentívos para a Stock Car e trazendo para o país a Fórmula Chevrolet.
Baseada no conceito de fórmula de competição já adotado pelo grupo GM na Europa, a categoria era a versão brasileira da Fórmula Opel (Alemanha), ou Fórmula Vauxhall (Inglaterra).



A categoria foi iniciada no Brasil em 1992, como parte do Chevrolet Challenge, evento que envolvia em um mesmo final de semana a Stock Car e a Fórmula Chevrolet. Contou com pilotos de renome no automobilismo e atuantes até hoje. O campeão foi Djalma Fogaça, em um grid que contava com Helio Castroneves, Tarso Marques e Tony Kanaan, pilotos de grande talento e renome que chegaram ao auge do automobilismo mundial.



A última temporada foi disputada em 2001, até que a montadora americana retirou seu patrocínio. Ouve uma tentativa de manter a categoria, porém a chegada da fortícima Fórmula Renault, com apoio da montadora francesa, carros modernos e atualizados com o que havia de melhor na europa, tornou essa muito mais atrativa aos pilotos que tentavam carreira no exterior.

O CARRO

A categoria foi estruturada para ser monomarca em chassis e motor, utilizando a estrutura fabricada pela Reynard e o motor Chevrolet/Opel modelo C20xe, o famoso 2.0 16V do Opel Calibra. bem preparado e focado em manter poucas quebras, o carro desenvolvia 190hps para apenas 450kg, uma excelente relação de peso e potência.



A estrutura do carro era em alumínio e tubos de chromo-molibdênio, muito leve, resistente e denstro dos padrões do que havia de melhor no mundo em termos de categorias escola.

Nos últimos anos da categoria, os carros passaram por algumas remodelagens pelo fabricante Techspeed, recebendo nova aerodinâmica e atualizações, porém já eram carros ultrapassados, principalmente frente aos novos Fórmula Renault, que seguiam o mesmo modelo de carros utilizados na Europa, no mesmo conceito introduzido pela Chevrolet em 1992.

PILOTOS REVELADOS

Sendo o primeiro passo após o kart, a categoria revelou vário talentos brasileiros que iriam se consagrar posteriormente na Fórmula 3 Sul-Americana e daí por diante.
Helio Castroneves, Tony Kanaan, Felipe Giaffone, Ricardo Zonta, Cristiano da Matta, Max Wilson, Felipe Massa são alguns dos principais representantes do país nos últimos anos nas principais categorias do automobilismo. Em comum temos que todos esses passaram pela Fórmula Chevrolet brasileira antes de se destacarem no exterior. a categoria foi um grande produtor de talentos do automobilismo brasileiro.

Confira no vídeo abaixo uma das corridas de 1995, no saudoso autódromo de Jacarépagua, no Rio de Janeiro.


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Fontes:
'http://autoesporte.globo.com/edic/ed415/esp_chev1.htm
'http://racingteamii.blogspot.com.br/2012/01/categorias-de-formula-no-brasil_25.html
'https://racecarsdirect.com
'https://www.driverdb.com