Não arrisque seu pescoço


Desde o acidente fatal de Ayrton Senna em 1º de maio de 1994 todo do automobilismo passou por grandes mudanças de segurança. A preocupação com os movimentos excessivos da cabeça foi um dos pontos mais importantes tratados desde então. O acidente fatal de Dale Earnhardt, lenda da Nascar, foi outro caso de grande repercussão e impacto na segurança do automobilismo. Um dos acessórios mais importantes passou a ser o Hans, que limita o movimento da cabeça, preservando a musculatura e ossos do pescoço.

A F1 em 1996 passou a adotar uma proteção de cabeça para principalmente limitar o movimento lateral da cabeça do piloto em caso de acidente. Em 1995 o capacete ficava bem mais amostra.

O kart, por suas características de veículo totalmente aberto, impossibilita que esses recursos utilizados nos carros também sejam aplicados. Nesse ponto, o kart é muito mais parecido com uma moto, então as soluções de segurança também podem vir deste esporte.

Hans: maior evolução em segurança dos últimos anos.

O Neck Brace surgiu nas pista de motocross, como uma solução eficaz para limitar os movimentos da cabeça em casos graves, mas permitindo alguma liberdade e movimentação quando do uso normal.
Esse equipamento é fabricado em plástico de alta densidade, fibra de vidro ou fibra de carbono. Esse equipamento limita a movimentação do capacete em todas as direções, protegendo o piloto nos impactos fortes contra outros kart, e barreiras de pneus, mas principalmente em casos de capotagens, quando o peso do corpo e do kart podem causar lesões muito sérias.

Neck Brace oferece alguma liberdade de movimentos, rigidez e limite de movimentos para os casos acidentes mais severos.


Protetores de pescoço em espuma
Acredito que você deve estar se perguntando: "mas antes desses acidentes, já existia os protetores de pescoço em espuma".

Apesar de ser uma alternativa simples e que limita o movimento da cabeça, não existem estudos para determinar sua verdadeira funcionalidade, principalmente nos casos mais graves. O material, por mais duro que pareça, não tem uma rigidez suficiente para segurar o deslocamento da cabeça e pescoço em impactos mais fortes. Além disso, parte da eficiência do Neck Brace ocorre pela absorção da energia do impacto sobre a cabeça e distribuindo essas forças pela estrutura do tórax.

Seu capacete pode ajudar se pescoço
O desenho de seu capacete pode ajudar muito na proteção de ser pescoço. Ter um capacete bom e adequado para o kartismo é muito importante. Alguns modelos possuem uma aba na parte da frente, que tem a função justamente de limitar um pouco mais o movimento da cabeça para a frente.

Não é só estilo ou aerodinâmica, é segurança.


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Simulador x Real

Você gosta de pilotar nos simuladores, tem um volante e cockpit legais, mas fica em dúvida se é realmente igual pilotar na pista? Hoje preparamos um material muito legal para vocês.



O mercado de simuladores vem crescendo significativamente nos últimos anos. Novos simuladores, cada vez mais realistas, estão disponíveis no mercado a preços acessíveis, volante mais modernos, com muita tecnologia para simular ao máximo as reações e sensações sentidas na pista. Temos inclusive um Campeonato de Kart Virtual, organizado pela Grid Kart Brasil. Conheça mais deste campeonato clicando aqui.

Um dos destaques do mercado de simuladores é o Automobilista, desenvolvido pela Reiza Studios, que conta com as principais pistas brasileiras e algumas das mais lendária do mundo.

Umas das categorias presentes nesse simulador é o kart, tendo a opção de correr desde com kart rental até com um Shifter. Originalmente estão disponíveis 6 kartódromos brasileiros, mas você pode comprar pacotes de expansão para ter mais opções de pistas.

Com todas essas opções, preparamos um comparativo com a opção mais acessível e que você leitor do Papo de Box também pode experimentar. Andamos com o kart rental do simulador no Kartódromo de Interlagos e o mesmo kart e traçado na pista real. O resultado você confere aqui:


Como observado no vídeo, o simulador é sim uma excelente experiência para aprender a pista e aprimorar sua pilotagem, uma vez que as referências na pista são muito parecidos, mas temos que levar em conta algumas considerações.

O tempo de volta no simulador é, em média, menor do que os tempos obtidos na pista. Observamos que a velocidade máxima atingida no simulador é maior que a velocidade real, ocorre menor variação no comportamento do kart, ou seja, você está o tempo todo pilotando nas melhores condições do equipamento. O que está por trás é um algorítimo que, por melhor que seja desenvolvido, possui limitações.

Na pista real, condições externas interfem mais no comportamento do kart. A torção do chassi pode mudar muito da aderência nas curvas, a temperatura e até mesmo a qualidade do combustível vão influenciar na potência no motor.

Outro ponto de observação são algumas diferenças na ondulação da pista, o que também interfere na aderência do kart em curvas, acelerações e frenagens, o que não observamos no simulador.
Mas tudo isso não tira o mérito do excelente trabalho realizado com este simulador que pode sim melhorar sua pilotagem e proporcionar melhores resultados na pista.

Um pouco da minha experiência:
No início de 2016 comocei a participar do campeonato Asseka de kart amador. A primeira etapa da competição naquele ano foi realizada no Kartódromo de Interlagos, pista que eu nunca havia andado até então. Como residia em outro estado, distante de São Paulo, minha primeira corrida já seria válida pelo campeonato. Treinei durante a semana que antecedeu à corrida no simulador e, quando cheguei na pista, já conhecia as principais referências de freada, tangência de curva e aceleração. O resultado: um 3º lugar na primeira corrida naquela pista.

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