Hora certa de trocar o chassis

Retomando nossos artigos com foco técnico, trazemos a vocês esse artigo uma análise sobre o momento certo para trocar o chassis de seu kart.



O TEMPO É RELATIVO

Assim como um carro, a verdadeira "idade" de um chassis depende não só do ano de fabricação, mas também de sua utilização. Um chassis com 2 anos de uso apenas para treinos pode ser melhor do que um chassis com 6 meses de uso, porém usado em treinos e corridas de um campeonato competitivo. O principal motivo para isso acontecer é a fadiga do chassis do kart. Andar em uma pista com zebras altas, motores ou pilotos mais pesados, aceleram o processo de fadiga.

O QUE É FADIGA

Por definição, a fadiga é o processo de ruptura progressiva de materiais sujeitos a ciclos repetidos de tensão.



Resumidamente, um material exposto a esforços repetitivos perde sua resistência conforme é utilizado, até que, ocorre a quebra do mesmo.

O chassis do kart sofre com muita torção, já que o veículo não tem suspensão. Assim, após algum tempo de uso, o kart não terá a mesma rigidez que o kart quando novo. Mas isso não quer dizer que este é o melhor momento para isso.

AS CONSEQUÊNCIAS DA FADIGA

O desgaste do quadro do chassis vai fazer  kart ficar mais "macio", o que representará perda de aderência. Mas, devido a todas as opções de setup, é possível compensar essa perda com mudanças no acerto.



Se você utilizava um acerto do kart que deixava ele mais "solto", pode apertar algumas das barras transversais, para-choques, entre outros, que vão compensar a perda de aderência. Entende-se que o chassis está realmente fadigado quando, mas usando as opções de setup que mais prendem o kart, não conseguimos a aderência desejada.

Ao final, o mais importante é acompanhar os tempos de volta e a telemetria, em cada treino e corrida. Se os tempos de volta não são mais os mesmos, então é hora de pensar no que fazer. O Qstarz de proporciona a mais versátil telemetria do mercado, e você encontra na loja do Papo de Box.

Fontes:
www.forums.kartpulse.com/t/how-long-does-a-chassis-last-and-how-to-know-when-to-replace-it/1224

Campeonato Mundial de Kart 1998

Em 2018 completam 20 anos do último título mundial de kart de um brasileiro. Em setembro de 1998, Ruben Carrapatoso conquistou o incrível resultado na categoria Fórmula A. Hoje vamos contar um pouco de como foi esse evento.



O CAMPEONATO

Em 1998 o Campeonato Mundial de Kart era disputado em 2 categorias principais, a Formula A e a Formula Super A.
Essas categorias utilizavam os motores de 100cc e refrigerados a ar muito semelhantes, mas com algumas diferenças na carburação que tornavam os karts da Formula A cerca de 0,5s mais lento.
Enquanto os Super A podiam utilizar qualquer tipo de carburador com venture de no máximo 32mm, os Fórmulas A eram limitados a carburadores de borboleta com venture de no máximo 24mm de diâmetro.



Outra curiosidade deste campeonato foi a adoção de um Safety Car, que liderava o grupo nas voltas de apresentação. Esse carrinho azul foi uma atração a parte, com pneus que estrapolavam os para-lamas e reforvam o DNA "dicurrida". Infelizmente não temos muitas informações sobre esse carrinho, mas acredito que seja um carro da categoria Legends Racing.

OS CAMPEÕES

Davide Fore (ITA) foi o campeão na categoria Fórmula Super A, para pilotos com mais de 18 anos, Ruben Carrapatoso (BRA) na categoria Formula A, para pilotos entre 15 e 18 anos.
Dentre os 34 finalistas da categoria Formula A, destacam-se dois pilotos que tiveram uma carreira no automobilismo de grande destaque. Fernando Alonso terminou aquele campeonato em 26º, enquanto Ryan Briscoe foi 28º.



Na categoria Formula Super A, alguns futuros pilotos de Fórmula 1 estiveram presentes. Vitantonio Liuzzi foi 7º colocado, Kimi Raikonen (foto acima) foi 24º e Anthony Daividson 34º.

Confira como foi a corrida que deu o título ao brasileiro:



A PISTA

O palco deste grande evento foi o Kartódromo de Ugento, na Itália. Construído em 1986, o projeto deste complexo para o automobilismo teria um autódromo, mas essa parte do projeto nunca saiu do papel.



O traçado desta pista em 1998 (acima) tinha 1120m de extensão e largura entre 8 e 10m, 10 curvas em um traçado que girava no sentido horário. O kartódromo ainda existe, porém passou por algumas extensões que gerou novas opções de traçado e características bem diferentes, como podemos ver na imagem abaixo.



Fontes:
www.kartdrome.com/index.php/racing-and-preparation/formula-a-and-formula-super-a-overview
www.cikfia.com/inside-cikfia/history/our-history/view/article/1998.html
www.kartingmagazine.com/features/historic/karting-in-the-year-1998-a-history/
www.gdecarli.it/php/circuit.php?var1=577&var2=2
www.legendsracingeurope.com/

Conheça o Campeonato Brasileiro de Kart

No final de semana de publicação deste artigo está acontecendo no Kartódromo da Granja Viana a segunda fase do 53º Campeonato Brasileiro de Kart. Então vamos trazer a vocês alguns detalhes desta competição.



O FORMATO DA COMPETIÇÃO

O Campeonato Brasileiro de Kart é uma competição do tipo "open", ou seja, não existem exigências de classificação para inscrição na categoria para a qual você possua a carteira de piloto. Dessa forma, um piloto estreante pode participar, por exemplo, nas categorias F4, novatos ou cadete.



Outra classificação utilizada para definição das categorias é a idade dos pilotos. Assim, por exemplo, na categoria F4 Graduados é permitida a participação de pilotos nascidos até 2004, na categoria F4 Sênior para pilotos nascidos até 1988, F4 Super Sênior para pilotos nascidos até 1974 e F4 Super Sênio Master pilotos nascidos até 1963.

Cada categoria disputa 2 corridas classificatórias, uma pré-final e uma final, sendo que o vencedor da final é declarado o Campeão Brasileiro de Kart. Nas etapas classificatórias, os pilotos recebem ponto de maneira crescente, de acordo com a posição de chegada. Assim, o primeiro colocado "ganha" 0 (zero) pontos, o segundo ganha 2, o terceiro, 3, e assim em diante. Se classificarão para a final os pilotos que tiverem menos pontos, sendo essa também a definição do grid de largada. O grid máximo em cada categoria é de 36 kart.

PREMIAÇÃO

Nos últimos anos a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) vem oferencendo premiações especiais para as categorias nas quais competem pilotos com idade para seguir uma carreira no automobilismo. Este ano, os pilotos campeões das categorias Graduados e Sênior vão receber como premiação a participação em uma etapa da Sprint Race. Já o campeão e o vice-campeão da categoria Junior vão ganhar um dia de testes com um carro da Fórmula Academy Sudamericana.



Além das premiações especiais, o campeão das categorias Codasur Jr e Internacional OK ganham vaga para o CIK-FIA World Junior Championship (Campeonato Mundial de Kart na categoria Júnior). O campeão da categoria CODASUR terá vaga para o CIK-FIA World Championship (Campeonato Mundial de Kart).

OS MAIORES VITORIÓSOS

Os pilotos com maior quantidade de títulos em Campeonatos Brasileiros continuam na ativa e estarão no KGV neste final de semana. Renato Russo e André Nicastro possuem, cada um, 9 títulos, sendo que Renato pode conseguir seu 10º título.

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Fontes
www.faspnet.com.br/brasileiro-de-kart-premios-especiais-para-3-categorias/
www.cba.org.br/_img/dinamics/regulamentos/regulamento-geral-cbk-2018---versao-final-ams-ii---09fev.pdf
www.cba.org.br/_img/dinamics/regulamentos/rnk-2018-arquivo-finalizado-site.pdf
www.facebook.com/brasileirodekart/
www.racingonline.com.br/noticias/granja-viana-sedia-campeonato-brasileiro-de-kart-em-2018/

O que o Brasil tem como exemplo para o kart mundial

A quinze dias falamos sobre oportunidades que temos no kart brasileiros. Hoje vamos falar sobre o que o Brasil tem como exemplo para o kart mundial.



MOTORES SIMPLES

Com um foco sempre grande em manter baixos custos no kartismo nacional, não chegamos a ter no Brasil os mesmos padrões de motores das principais categorias. Porém, aparentemente, isso não foi algo tão ruim para nós. Além de manter menores custos e simplicidades, vemos no atual cenário uma nova tendência de simplificação dos motores. Um grande exemplo recente disso foi que a CIK-FIA trocou os motores KF, com partida elétrica e embreagem centrífuga, pelos OK, com transmissão direta, sem partida elétrica ou embreagem, semelhante ao que sempre tivemos no Brasil.

CATEGORIAS INTERNACIONAIS

Para os pilotos que buscam uma carreira internacional, podemos encontrar por aqui algumas das principais categorias de nível mundial, como as Rotax, ROK e Shifters. Não são categorias largamente difundidas, mas só de termos essas categorias no Brasil é uma oportunidade para que nossos pilotos possam se preparar antes de uma investida para o automobilismo internacional.



DIVERSOS FABRICANTES DE CHASSIS

Temos no Brasil as principais marcas de chassis mundiais. Desde Tony Kart, Praga e CRG, até marcas nacionais, como o Kart Mega, Techspeed e Kart Mini, estarão presentes no próximo Campeonato Brasileiro de Kart e estão participando constantemente de campeonatos no Brasil.

KARTÓDROMOS DE ALTO NÍVEL

O Brasil é um país rico em pistas de grande nível. O Kartódromo da Granja Viana está sendo o palco dos principais eventos de kart do ano, como o Sul Americano de Kart Rotax e o Campeonato Brasileiro. O Kartódromo de Palatino, na Paraíba, é o único com homologação CIK-FIA, e vai receber o Mundial de Kart Rotax esse ano. O "finado" Kartódromo de Itú já recebeu um Mundialito de Kart, em 1997, e novos kartódromos com excelentes estruturas estão surgindo no Brasil. O último grande destaque é o Speed Park, em Birigui, que você pode conhecer mais detalhes no Podcast Kartbuzz #62.


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Fontes:
www.speedpark.com.br/
www.kartodromogranjaviana.com.br/
www.flickr.com/photos/skbbrasil/27047700573/in/album-72157669251382321
www.kartmotor.com.br/noticias/mais-novo-kartdromo-do-brasil-speed-park-ser-inaugurado-nesta-quarta-em-birigui-e-j-tem-calendrio-de-competies-oficiais-30657

O que ainda não temos no Brasil

O cenário do kart no Brasil possui boa diversidade de categorias, pistas e campeonatos. Mas o que ainda nos falta?



RENTAL 2 TEMPOS

Apesar de não ser muito comum, alguns kartódromos fora do país oferencem opções de kart rental com motor Rotax Max de 2 tempos. É um rental mais rápido e com uma dinâmica diferentes dos demais, já que este tipo de motor não tem tanto torque quando os Honda GX390.
A potência é seu grande diferencial, chegando a aproximadamente 30hp.


Uma das competições de rental kart 2 tempos mais famosas da Europa é o Club 100. Os karts não possuem um "borrachão" muito grande, sendo a proteção feita com peças plásticas de carenagem mais robustas.


Esses karts utilizam um motores TKM BT82 115cc limitados a 18hps, sem embreagem, características que os aproximam dos karts profissionais.

MOTORES 2 TEMPOS AR


Apesar de o uso dos karts 2 tempos refrigerados a água já serem muito populares, ainda existem categorias de baixo custo, focada em pilotos que buscam uma categoria competitiva com baixo custo. Na Inglaterra, a Fórmula TKM segue esse princípio, com motores 2 tempos refrigerados a ar e que geram aproximadamente 23hp, sem preparação.
Você pode estar pensando "qual a diferença entre usar um motor 2 tempos 23hp e um Honda GX390 da F400 com a mesma potência?" A principal diferença é o peso! Esses motores são mais leves, permitindo que os kart sejam mais rápidos em curvas, em frenagens e acelerações, uma tocada bem diferente.




PISTAS DE TERRA

Imagina como deve ser legal andar com karts na terra, em uma pista bem nivelada, ao mesmo tempo com pouca aderência, na qual pra andar rápido você precisa ser ousado e andar atravessando, igual rally. Se essa descrição ainda não te deu vontade de experimentar o kart na terra, confira esse vídeo:


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Fontes:
www.rkc.fr
www.tal-ko.com/
www.club100.co.uk/

Grandes Kartistas - Jarno Trulli

O Italiano Jarno Trulli é considerado um dos melhores pilotos de kart de todos os tempos.



Nascido em Pescara, cidade da costa leste da Itália, no ano de 1974, demonstrou grande interesse pelo kart desde criança. Seu pai lhe arrumou um kart quando tinha apenas 8 anos de idade, e logo de início demonstrou uma grande habilidade de pilotar no limite, comparável a pilotos de maior experiência.



CARREIRA VITORIOSA

Foi Campeão Italiano de Kart por 3 anos consecutívos, entre 1988 e 1990, Campeão Mundial de Kart em 1991, na categoria K, campeão da categoria C em 1994 e da Super A em 1995, quando já corria na Fórmula 3.


No vídeo abaixo, vemos uma das grandes disputas do Campeonato Europeu de Kart de 1994, na categoria Formula Super A.



PRINCIPAIS ADVERSÁRIOS

Outros 2 pilotos de destaque e contemporâneos de Trulli foram Giancarlo Fisichella e Jos Verstappen. Curiosamente, estes três pilotos com vários títulos no kart não obtiveram o mesmo êxito na Fórmula 1, principalmente pela falta de oportunidade de estar em boas equipes.

No vídeo abaixo vemos o acidente entre Verstappen e Fisichella no mundial de 1991 que facilitou a conquista do título para Trulli.



ASCENSÃO METEÓRICA

Trulli foi um dos primeiros casos de pilotos que em um curto período saíram do kart e logo chegaram à Fórmula 1. Foi campeão da Fórmula 3 Alemã em 1996, mesmo ano em que já atuava como piloto de testes da Benetton. Estreou como piloto oficial da Minardi em 1997.

Sua carreira na Fórmula 1 foi até 2011, no entanto, não teve o mesmo destaque que conquistou nos anos no kart.

POR ONDE ANDA

Recentemente Trulli esteve a frente de sua equipe na primeira temporada da Fórmula E, desenvolveu alguns modelos de chassis de kart e dedica-se à carreira de seu filho, Enzo.

Fontes
www.crash.net/f1/feature/63469/1/where-it-all-began-for-jarno-trulli
www.cikfia.com/inside-cikfia/history/our-history/view/article/1991.html
f1history.wikia.com/wiki/Jarno_Trulli
www.crash.net/f1/news/48111/1/trulli-opts-for-kart

Largada e 1ª Volta

"Uma corrida não é vencida na primeira curva, mas pode ser perdida na primeira curva", já dizia o "poeta".



A largada é um momento crítico para todos no esporte a motor. Demanda grande concentração dos pilotos para ter a reação mais rápida e não perder nem um décimo de segundo para iniciar a corrida.

O rental kart possui um sistema de embreagem centrifuga, que é acionado com o aumento da rotação do motor. Com isso, é mais difícil controlar o ponto onde a embreagem vai conectar, para então movimentar o kart.

Todo piloto deve tentar fazer o kart se movimentar mais rápido.



A "PEDALADA"

A pedalada consiste em "girar" as rodas dianteiras, ajudando a movimentar o kart no momento em que o motor ainda não está totalmente acoplado ao eixo pela embreagem.

Para fazer essa manobra, primeiramente é necessário alcançar os pneus dianteiros, então pilotos mais baixos terão alguma dificuldade.

A pedalada foi um dos temas da edição 17 do podcast KartBuzz - Manias e Vícios de Pilotos. Se ainda não ouviu, ouça clicando aqui

ACELERANDO NA MÃO

A maioria dos kartódromos está adotando em sua frota o sistema que corta a aceleração do kart quando você freia o kart.

Mas um truque para manter alguma aceleração no motor é acelerar o kart na alavanca presente no motor, de maneira suave, visando reduzir o tempo para acoplamento da embreagem. Apenas cuidado, essa alavanca não foi feita pra isso, você pode se machucar.

Em uma pista onde a reta de largada é plana ou em subida, essa ação tem menos efeito, porém em decida, quando precisamos manter o pé no freio, pode ser um grande diferencial.

Mantenha o máximo de atenção no bandeira ou no sinal de largada, pois o tempo de reação é fundamental para uma boa largada.

Veja no vídeo abaixo um comparativo entre uma largada ruim, com o piloto distraído e sem saber o que fazer, e outra onde o piloto definiu uma estratégia e seguiu.



Repare que na primeira largada o piloto pensou em fazer a pedalada, mas não conseguiu, também não teve um bom tempo de reação. Quando já era tarde, não adiantava mais pular no banco nem nada, várias posições perdidas.

Na segunda largada, utilizou a aceleração na mão para manter o kart parado e a embreagem em uma boa condição de acoplamento. Essa largada foi melhor.

A 1ª VOLTA

Tente se manter ao máximo na parte de dentro da primeira curva, em uma condição defensiva de posições.

A primeira volta é o momento da corrida onde os karts estão mais próximos, por isso é importante ser rápido.

Se estiver com um kart ruim, pode ser um bom momento para ganhar algumas posições e tentar manter as posições durante a corrida.

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Fonte:
academiadokart.com.br/dicas-de-pilotagem/post/pedalar-o-kart-indoor-vale-a-pena
www.asseka.com.br

Grandes Kartistas - Guga Ribas

Augusto Sérgio de Oliveira Ribas, mais conhecido como Guga Ribas, foi primeiro brasileiro Campeão Mundial de Kart.



Filho de Henrique Sérgio Ribas, grande nome do kartistmo carioca e ex-presidente da Comissão Nacional de Kart, Guga iniciou sua carreira aos 13 anos, teve grande destaque no kartismo carioca e nacional.



Em seu primeiro ano no kart, Guga treinou bastante antes de entrar em uma competição oficial. Esse preparo gerou resultados, já que o piloto venceu sua corrida de estreia, em novembro de 1977.

Nesta época, o kart no Rio de Janeiro estava muito forte, principalmente com a inauguração do Kartódromo do Maqui Mundi e, posteriormente, do autódromo de Jacerepagua (1977-2012).



A partir daí sua carreira começou a decolar. Formou a equipe Leite de Rosa, que contava ainda com os pilotos José Perez Rezende, Hamilton Borges Forte, e seu irmão Mauro Ribas.

Apesar dos muitos títulos regionais, Guga não conquistou nenhum Campeonato Brasileiro de Kart. Foi contemporâneo de outros grandes kartistas, como Mário Sérgio Carvalho, Paulo Carcasci e Oswaldo Negri.

Em 1986, já com 9 anos de experiência no kart, Guga foi participar de seu 2º Campeonato Mundial de Kart, disputado em Jacksonville, no estado da Flórida, Estado Unidos. Utilizando um equipamento IAME.

Após uma semana de treinos intensos e andando sempre entre os 3 primeiros. Ele aceitou participar do campeonato, apesar do protesto e boicote de muitos pilotos europeus por considerarem a pista muito perigosa.

Guga conquistou o título em 1986. Infelizmente não temos muitos registros deste campeonato mundial, mas confira no vídeo abaixo como era o kartódromo.



Após a história de sucesso no kart, Guga tentou seguir carreira no automobilismo, correndo na Fórmula Ford, Brasileiro de Marcas e Pilotos, e na Stock Car, mas sem o mesmo sucesso dos anos anteriores.



Mais recentemente, Guga Ribas se dedica ao Tiro Esportivo, tendo conquistano um título mundial na modalidade, além de ter sua própria linha de acessórios para o esporte.

Fonte
www.nobresdogrid.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=1464:guga-ribas-nosso-primeiro-campeao-mundial-de-kart&catid=87:espaco-karting&Itemid=177
www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/06tE/Primeiro_Brasileiro_Campeao_Mundial_De_Kart
www.pt.wikipedia.org/wiki/Aut%C3%B3dromo_de_Jacarepagu%C3%A1#Hist%C3%B3ria
www.cikfia.com/inside-cikfia/history/our-history/view/article/1986.html
www.tkart.it/en/magazine/editorial/giuseppe-mioso-world-surprise/#1

Grande Kartistas - Rubens Barrichello

Iniciando uma série nova aqui no Papo de Box, vamos trazer a vocês as hitórias da carreiras de grande pilotos no kart. Para o primeiro artigo, vamos falar um pouco sobre Rubens Barrichello.



INÍCIO

Rubens começa a andar de kart como uma brincadeira, um brinquedo ganhado do avô materno. Mas esse presente não deve ter sido por acaso, Rubens é sobrinho de Dárcio dos Santos, ex-piloto que teve grande atuação no automobilismo nacional e que, segundo reza a lenda (ou seja, não tenho certeza dessa informação), proporcionou a Ayrton Senna o primeiro contato com o carros da fórmula. A brincadeira de Rubens se torna algo sério, principalmente quando obteve bons resultados logo nas primeiras corridas que participou.



TÍTULOS E CAMPEONATOS IMPORTANTES

De 1981 a 1988 foram 5 títulos de Campeão Brasileiro, 5 títulos de Campeão Paulista, 1 título de Campeão Sul-Americano, em 1986, e um 9º lugar no Campeonato Mundial de Kart de 1987, quando já contava com o apadrinhamento de Ayrton Senna.





PRINCIPAL ADVERSÁRIO

O principal adversário nessa época foi Cristian Fittipaldi, piloto que contava com o forte sobrenome para chamar a atenção de todos. Os bons resultados de Rubens contra este adversário chamaram a atenção da imprensa por ser o menino que "desafiava" os Fittipaldi.
 

Fonte
www.kartmotor.com.br/noticias/brasileiro/especial-182-campeoes-integram-parte-da-historia-do-campeonato-brasileiro-24575 www.gptotal.com.br/2001/rubens2003/index.htm www.esportes.estadao.com.br/noticias/velocidade,o-que-os-profissionais-da-formula-1-pensam-sobre-rubens-barrichello,1008603

Tirando o máximo dos pneus

Aqui no Papo de Box falamos várias vezes sobre o uso da telemetria no kart. Hoje trazemos a você uma aplicação prática em que a telemtria foi utilizada para identifica as diferenças na pilotagem entre um kart com pneus novos no momento ideal e o mesmo kart, com o mesmo piloto, mas com os pneus mais usados.



Neste texto usamos como referência o artigo "Getting the Most Out of Your Tyres With the Help of Telemetry", publicado na revista virtual TKart, que você pode assinar com desconto de 50% sendo membro do Paddock do Kart Buzz.

A aderência de pneus novos é significativamente maior que pneus mais usados, mas essa aderência máxima não é obtida imediatamente. O ponto ideal do pneus varia com o composto do pneu, construção e marca, mas em geral ocorre na terceira ou quarta volta do pneu.

A maioria se programa no final de semana de corrida para conseguir esse momento ideal dos pneus durante o treino de classificação.

A primeira análise que podemos realizar com os dados de telemetria para é analisando o diagrama G-G, onde são plotados os dados de aceleração longitudinal e lateral.


Neste gráfico os pontos verdes são as medições da aceleração obtidas durante a volta na condição ideal dos pneus novos. Os pontos vermelhos foram obtidos durante uma volta com os pneus mais usados.

Repare que os pontos verdes estão em média mais distantes do centro do gráfico, principalmente em curvas, onde são obtidas as maiores forças do kart. Com pneus novos, a aceleração lateral chega a 3g, enquanto com os pneus usados esse valor é pouco superior a 2,5g, uma diferença de aproximadamente 17% de aceleração lateral, o que permite uma velocidade de contorno em curva maior.

Analisando o gráfico de velocidades nas voltas, esse ganho com os pneus novos fica ainda mais evidente. Repare que, principalmente nos pontos vales do gráfico (pontos de menor velocidade nas curvas) a velocidade do kart com pneu novo é maior, proporcionando um ganho de tempo.


A maior aderência com pneus novos também proporciona um maior controle do veículo. Observe que na região demarcada pelo circulo mais à esquerda, a frenagem com pneus novos ou usados ocorria igualmente até o momento que é uma mudança na curva vermelha (pneus usados).

Neste ponto ocorreu alguma mudança na frenagem, que pela proximidade com o ponto de menor velocidade, deve ter ocorrido na entrada da curva. Essa mudança é característica de uma travada de roda ou um alívio na frenagem, que pode ter ocorrido pela sensibildade do piloto para evitar o travamento. Esse tipo de diferença mostra que o piloto explorou ao máximo o desempenho dos pneus.

Na prática, você deve aplicar esse tipo de comparativo principalmente em seus treinos e como uma análise de performance da sua corrida. Se você tem algum equipamento de telemetria, sempre grave suas idas para a pista e realize anotações para lembrar o setup e as condições de pista. Compare os dados nos mesmos traçados e busque sempre as melhores passagens. Assim, você chegará no seu melhor desempenho e nos resultados.

Ainda não tem um equipamento de telemetria? Confira os produtos da loja do Papo de Box, clicando aqui.

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Fonte
'https://www.tkart.it