Atualizações na Fórmula 1600

No último final de semana (dias 19 e 20 de agosto) aconteceu em Interlagos a 7ª etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo, que reúne mensamente as diversas categorias que integram o evento para que realizem as etapas de sua competição. Uma dessas categorias é a Fórmula 1600, na qual competem carros de fórmula com motores Ford Zetec Rocan de 1,6L.

A Fórmula 1600 surgiu quando ocorreu uma divisão entre pilotos e organizados da Fórmula Vee, enquanto essa ainda utilizava motores de Fusca, refrigerados a ar. Por isso, o chassis utilizado pela categoria é o mesmo da Fórmula Vee, denominado Naja 01.

Fórmula 1600 utiliza o mesmo chassis da Fórmula Vee, denominado Naja 01.
Quando da adoção do motor Ford, os organizadores da categoria optaram pela instalação de duas lateriais no carro para a instalação do radiador de água e de óleo do carro.

O público que encarou a chuva e esteve presente no autódromo foi surpreendido por uma novidade da categoria, que apresentou algumas melhorias para o chassis e que serão testadas para adoção em breve na categoria. O que mais se destaca nesse pacote de evolução técnica são as modificações na suspensão.

Com o desenvolvimento técnico realizado pelo engenheiro Fábio Birolini, o protótipo apresentado utiliza suspensão de duplo "A" na dianteira e traseira do carro, aprimorando em muito o "chão" do carro. Conversando com Fábio no local, ele destacou que o centro de rolagem do carro foi muito estudada para essa nova versão do carro.

Voltando à proposta original desse projeto, o chassis Naja 01 foi projetado para o ressurgimentos da Fórmual Vee no Brasil. Seguindo esse conceito, a suspensão dianteira usada nos fórmulas são do Fusca, com molas por barra de torção, desenvolvidas para um veículo bem mais pesado e com compromisso de trazer conforto aos ocupantes do carro. Essa suspensão faz com que a regulagem de cambagem seja bem limitada e a frente do carro afunde muito nas freadas, o chamado "dive" da frente do carro. Essa mudança na suspensão pode trazer para o carro uma maior capacidade de frenagem e contorno de curva, baixando o tempo de volta.

Na suspensão traseira, as mudanças pode ser ainda mais significativas. Utilizando a caixa de marchas original do Fusca, os Fórmulas 1600 atuais possuem um suspensão com articulação simples, também chamado de Swing Arms, conforme pode ser visto na imagem abaixo.

Esse tipo de suspensão ocasiona uma variação grande de cambagem e convergência quando do movimento das rodas, tornando mais difícil controlar o comportamento do veículo. Esse comportamento da suspensão só é corrigido com um novo sistema. Como para um carro de corridas o melhor é a utilização de suspensão independente, adotou-se um semi-eixo com junta homocinética no cubo da roda, possibilitando o Duplo A também na traseira. A diferença entre elas é mostrada na figura abaixo:

Suspensão com uma articulação na imagem à esquerda (Swing Arms) e com duas articulações no lado direito, possibilitando novas configurações de suspensão, sem variação excessiva na cambagem e covnergência das rodas.

Essa nova configuração de suspensão tem tudo para trazer um comportamento mais aderente do carro, com melhor contorno de curvas com os pneus com melhor contato com o chão.

Confira abaixo como ficou o carro protótipo da Fórmula 1600:






Nós do Papo de Box torcemos para que esse projeto siga em frente e muitos outros surjam para criar novas categorias e melhorar as categorias atuais.

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