Saída da Porsche do WEC e oportunidades

A Porsche deverá sair do WEC na categoria LMP1, segundo divulgado ontem pelo site alemão Motorsport Total. A saída deve ser formalizada em setembro, na semana da próxima corrida do WEC.
Já em 2017 a categoria conta apenas com dois fabricantes, a Toyota e a Porsche, uma vez que a Audi deixou a categoria ao final de 2016.

Os carros da LMP1 são lindos, rápidos e cheios de tecnologia, mas o investimento tem sido inviável para as marcas.
O regulamento LMP1 foi criado pensando em grandes montadoras, principalmente pela questão de os veículos serem hibridos. As equipes menores, mesmo com grandes investimentos, ainda não possuem o know-how para essa tecnologia, o que forçou aos particulares a migrarem para a LMP2, ou comprar carros usados dos fabricantes e ficar dependente de seu apoio para desenvolvimento. Ao meu ver, esse é o principal ponto que enfraquece a categoria. Há interesse de equipes e patrocinadores em correr e vencer em Le Mans, em vencer corridas no WEC, mas com o regulamento existente, apenas as montadoras tinha chances reais.

O MELHOR PARA O ESPORTE
O melhor para o esporte como um todo pode não ser o caminho mais interessante para os negócios das montadoras ou do próprio WEC. Ter as montadoras fornecendo motores para equipes privadas, em condições de igualdade entre elas, fortalecendo a categoria LMP2, tornando essa a única categorias de protótipos, traria a emoção ao esporte e o foco na competição.

Um exemplo dessa formato é a Nascar. Há 3 montadoras grandes na categoria, que fornecem motores para equipes que desejarem utilizar seus equipamentos, com a condição de que a bolha seja a propaganda da marca. Em resumo, os fabricantes não tem uma equipe, mas apoiam a todos aqueles que utilizam seus equipamentos. Em troca, qualquer carro daquela marca que vença, é vitória também para o fabricantes. As corridas são muito disputadas e valorizadas, o esporte é valorizado, o talento dos pilotos é valorizado quando mais equipes podem entregar bons equipamentos a seus pilotos.

Três marcas disputam cadas metro nos ovais da Nascar. Para Chevrolet, Toyota e Ford, não importa qual piloto ou equipe chega na frente, o importante é que seus carros apareçam no Victory Lane.
E EM OUTRAS CATEGORIAS?
Tomo como exemplo de compatitividade o período do final dos anos 60 e início dos anos 70 na Fórmula 1. Em 1966 a Ford queria bater a Ferrari nas principais competições que os italianos dominavam. Desenvolveu para Le Mans od Ford GT 40 e para a Fórmula 1 o motor Ford Cosworth. Esse motor foi inicialmente feito em parceria com a Lotus, que dominou a categoria naquele ano. Mas o interesse de outras equipes levou a Ford a fabricar e vender quase que em série os motores. Como não havia uma equipe oficial Ford, todos recebiam motores bons, possibilitando a competitividade entre equipes. De 1968 a 1974, todos os campeões utilizavam motores Ford, 4 equipes diferentes foram campeãs, 4 pilotos diferentes. Grandes equipes surgiram e foram campeãs pela oportunidade de utilizar o motor Ford, entre elas McLaren, Brabhan e Tyrrell. A ford conseguiu ser campeã mundial até 1982, quando então temos a chegada da era Turbo, e os fabricantes se tornam mais "egoistas", afinal a Renault queria vencer com a equipe Renault, a BMW tinha como equipe a Brabhan, o que matou a competitividade na categoria. Um exemplo disso é o domínio das McLarens Honda no final dos anos 80.

Dos anos 60 aos anos 80, vitórias da Ford com equipes e pilotos diferentes. A categoria ganhou com a competitividade, grandes talentos foram revelados. Tudo isso porque o "ego" da montadora ficou em segundo plano. O importante era que os motores Ford vencessem.
Então, fica a idéia para a Toyota: vencça em La Mans, como estão buscando a anos, mas com qualquer equipe. Promova o esporte e seu nome estará sempre no topo do pódio, por um longo período.

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6ª etapa Campeonato Asseka 2017

Veja como foi a 6ª etapa do Asseka 2017. Larguei dos boxes por ter trocado de kart, condição estabelecida em regulamento. Andando no kart 7, consegui uma média de tempos muito melhor que com o anterior, número 27. No final o 11º luger foi satisfatório.
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O Campeonato Brasileiro de Kart



Disputado desde 1965, o Campeonato Brasileiro de Kart é a principal competição nacional da modalidade, reunindo em 4 dias pilotos de todo o Brasil no kartódromo sede para as disputas classificatórias e para as finais de cada categoria.

Campeonato Brasileiro de Kart de 1971. No kart 34, Nelson Piquet. O tricampeão não teve bons resultados no embate com os grandes nomes do kart, como Zeca Giaffoni e Carol Figueiredo.


Devido à grande quantidade de categorias, o campeonato é dividido em 2 fases. Até 2013, as fases ocorriam em sedes diferentes, mas desde 2014 ocorrem no mesmo kartódromo. A edição de 2017 está sendo disputada no Kartódromo Beto Carreiro, em Penha, SC.



A competição é do tipo "open" não havendo classisificatória para inscrição, basta ser um piloto federado na CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), com habilitação para a categoria em que deseja competir, conforme as seguintes classificações:

Piloto Mirim de Kart - PMK - nascidos entre 2009 e 2010
Piloto Cadete de Kart - PCK - nascidos entre 2006 e 2008
Piloto Junior Menor de Kart - PJMK - nascidos entre 2004 e 2006
Piloto Junior de Kart - PJK - nascidos entre 2002 e 2004
Piloto de Kart - PK - nascidos de 1987 a 2003
Piloto Graduado de Kart - PGK - nascidos de 1987 a 2002, sendo exigido bons resultados em categorias anteriores ou curso de pilotagem em escola reconhecida pela CBA.
Piloto Sênior de Kart “B” - PSK-B - nascidos antes de 1987
Piloto Sênior de Kart “A” - PSK-A - nascidos antes de 1987 com experiência como PGK, ou com resultados expressivos como PSK-B.

OS RECORDISTAS DE TÍTULOS
Os pilotos com mais títulos brasileiros são Renato Russo e André Nicastro, ambos com 8 títulos cada um. Mas esse empate pode mudar ainda em 2017. Nicastro foi campeão na categoria Sudam em 2017, disputado no último final de semana, enquanto Russo ainda vai disputar o campeonato de 2017 na 2ª fase, no próximo final de semana. Logo em seguida dessas lendas, vem outro grande piloto Brasileiro, Paulo Carcasci, com 7 títulos. Uma curiosidade é que grandes nomes do automobilismo brasileiro, como Ayrton Senna e Rubens Barrichello, não chegaram nem perto destes recordes, muito disso porque seguiram suas carreiras para a os fórmula e para a Europa.

André Nicastro e Renato Russo, lendas do kart brasileiro e recordistas de títulos.

EQUILIBRIO DE EQUIPAMENTOS
Visando um maior equilíbrio em categorias muito disputadas, os motores são preparados e equalizados pela RBC Preparações e sorteados entre os pilotos nas categorias Mirim, Cadete, F4 e Sudam. Nas demais categorias, o equipamento utilizado é do próprio piloto/equipe, sendo obrigatório apenas que sejam equipamentos homologados.
Entre os fabricantes de chassis, a competitividade é garantida. 10 marcas participam do campeonato, sendo que 6 ganharam títulos até o momento.

PREMIAÇÃO DIFERENCIADA
Em 2017 a CBA vai mais uma vez oferecer uma premiação especial para os jovens pilotos que buscam fazer carreira no automobilismo. O campeão da categoria Sudam recceberá como premio uma temporada paga pela CBA na Fórmula 3 Academy, divisão para iniciantes da Fórmula 3 Brasil. Uma condição de regulamento é que o piloto premiado nunca tenha feito nenhuma corrida na F3 e com menos de 20 anos, esse ano o premiado foi o piloto Lucas Okada.



Não deixe de acompanhar a 2ª fase do Campeonato Brasileiro de Kart de 2017, as disputas são emocionantes e grandes feras ainda vão para a pista nesse final de semana.

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Fontes:
'http://blogdojovino.blogspot.com.br/2014/03/campeonato-brasileiro-de-kart-em-taruma.html
'http://www.cba.org.br
'http://www.kartmotor.com.br
'http://velocidadetotal.com.br
'http://blogdojovino.blogspot.com.br/2014/03/campeonato-brasileiro-de-kart-em-taruma.html
'http://f1mania.lance.com.br/kart/brasileiro-de-kart-apos-24-corridas-definidos-os-grids-das-finais/

Categoria Escola parte 3 - Fórmula Chevrolet



No início dos anos 90 a Chevrolet investiu muito em marketing esportivo no Brasil, principalmente com grandes incentívos para a Stock Car e trazendo para o país a Fórmula Chevrolet.
Baseada no conceito de fórmula de competição já adotado pelo grupo GM na Europa, a categoria era a versão brasileira da Fórmula Opel (Alemanha), ou Fórmula Vauxhall (Inglaterra).



A categoria foi iniciada no Brasil em 1992, como parte do Chevrolet Challenge, evento que envolvia em um mesmo final de semana a Stock Car e a Fórmula Chevrolet. Contou com pilotos de renome no automobilismo e atuantes até hoje. O campeão foi Djalma Fogaça, em um grid que contava com Helio Castroneves, Tarso Marques e Tony Kanaan, pilotos de grande talento e renome que chegaram ao auge do automobilismo mundial.



A última temporada foi disputada em 2001, até que a montadora americana retirou seu patrocínio. Ouve uma tentativa de manter a categoria, porém a chegada da fortícima Fórmula Renault, com apoio da montadora francesa, carros modernos e atualizados com o que havia de melhor na europa, tornou essa muito mais atrativa aos pilotos que tentavam carreira no exterior.

O CARRO

A categoria foi estruturada para ser monomarca em chassis e motor, utilizando a estrutura fabricada pela Reynard e o motor Chevrolet/Opel modelo C20xe, o famoso 2.0 16V do Opel Calibra. bem preparado e focado em manter poucas quebras, o carro desenvolvia 190hps para apenas 450kg, uma excelente relação de peso e potência.



A estrutura do carro era em alumínio e tubos de chromo-molibdênio, muito leve, resistente e denstro dos padrões do que havia de melhor no mundo em termos de categorias escola.

Nos últimos anos da categoria, os carros passaram por algumas remodelagens pelo fabricante Techspeed, recebendo nova aerodinâmica e atualizações, porém já eram carros ultrapassados, principalmente frente aos novos Fórmula Renault, que seguiam o mesmo modelo de carros utilizados na Europa, no mesmo conceito introduzido pela Chevrolet em 1992.

PILOTOS REVELADOS

Sendo o primeiro passo após o kart, a categoria revelou vário talentos brasileiros que iriam se consagrar posteriormente na Fórmula 3 Sul-Americana e daí por diante.
Helio Castroneves, Tony Kanaan, Felipe Giaffone, Ricardo Zonta, Cristiano da Matta, Max Wilson, Felipe Massa são alguns dos principais representantes do país nos últimos anos nas principais categorias do automobilismo. Em comum temos que todos esses passaram pela Fórmula Chevrolet brasileira antes de se destacarem no exterior. a categoria foi um grande produtor de talentos do automobilismo brasileiro.

Confira no vídeo abaixo uma das corridas de 1995, no saudoso autódromo de Jacarépagua, no Rio de Janeiro.


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Fontes:
'http://autoesporte.globo.com/edic/ed415/esp_chev1.htm
'http://racingteamii.blogspot.com.br/2012/01/categorias-de-formula-no-brasil_25.html
'https://racecarsdirect.com
'https://www.driverdb.com